O Celta foi criado para ser o carro mais barato do Brasil. E daí vêm suas virtudes e pecados. Ele tem peças baratas, pois aproveita a plataforma do Corsa antigo, lançado em 1993. Por ser barato, é um dos mais vendidos do mercado, o que garante grande oferta de carros e facilidade de revenda. Mas na sua origem também estão seus pontos fracos. O acabamento é simples demais, usando plásticos de baixa qualidade e pouco revestimento acústico – com isso, o nível de ruído também é alto.
Lançado em setembro de 2000, o Celta surgiu com motor 1.0 de 60 cv e, em 2003, recebeu o VHC de 70 cv. No ano seguinte vieram as quatro portas e o Energy, com motor 1.4, que nunca decolou nas vendas (morreria em 2007). Em 2005, ele ganha o motor 1.0 flex, com 70 cv tanto na gasolina quanto no álcool.
Sua primeira cirurgia plástica viria em abril de 2006, com uma nova frente, bem parecida com a do Vectra. A traseira apresenta nova tampa do portamalas, que abriga a placa, além dos pára-choques e lanternas traseiras reestilizados. Por dentro, forração e painel novos e de melhor qualidade.
Ao comprar um Celta usado com motor VHC, verifique se há um ruído metálico no motor, que seria sinal da famosa “batida de pino”. Mas, segundo a GM, a causa não é a pré-ignição, e sim falhas na construção dos pistões, que teriam sido feitos abaixo das especificações. Com isso, em determinadas situações, ele “bate saia” e provoca o ruído metálico.
Porém, para Denis Marum, especialista em Chevrolet e dono do Chevy Auto Center, devido à alta taxa de compressão e ao uso de gasolina de baixa qualidade, ocorre a formação de depósitos no pistão. “Isso gera desgaste nos pinos de pistão, além da prédetonação ou batida de pino. Em geral o uso de aditivo para gasolina ou de combustível de melhor qualidade resolve o problema. Mas há casos em que tem de abrir o motor.” Por isso, Marum avisa: “Se, com o motor frio, houver o ruído metálico, cuidado: pode ser que você tenha de trocar várias peças.”
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