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Peugeot 307 se antecipa ao Focus
Com novo motor 2.0 16V Flex de 151 cv, 307 anda bem, mas é chegado no álcool
Com o lançamento do 307 2.0 16V Flex, a Peugeot mirou bem no ponto fraco do novo Focus: a falta do motor bicombustível. Enquanto o Ford só terá essa opção no segundo semestre, o 307 agora bebe álcool em todas as versões. E no caso desse novo modelo 2.0, beber não é força de expressão: com 5,5 km/l aferidos na cidade, podemos afirmar que esse motor é chegado numa cana. Na estrada, a situação alivia para 7,7 km/l — ainda assim um consumo elevado.
Apesar da tendência ao alcoolismo, o 307 tem fôlego de atleta. Com 151 cv e 22 kgfm de torque quando regado com o combustível vegetal, esse 2.0 é o flex mais potente à venda no país (é o mesmo que está sob o capô do C4 Pallas). E isso fica claro na boa disposição do hatch para acelerar: de acordo com a Peugeot, ele faz de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos e chega a 206 km/h de velocidade máxima. Gostei da esperteza nas arrancadas e ultrapassagens, mas esses números me parecem otimistas demais para essa versão Feline com câmbio automático.
Minha implicância com essa caixa de quatro marchas não vem de hoje. Sempre que pego um Peugeot (ou Citroën) com essa transmissão, não gosto dos trancos nas mudanças e da “indecisão” dele sobre qual marcha usar. A Citroën tem melhorado — os últimos C4 Pallas e C4 Picasso que dirigi se comportaram como um gentleman, de tão suaves. Mas esse 307 só fez reforçar minha (má) lembrança desse câmbio. Os sintomas foram os mesmos de sempre: tranco e indecisão. Como alento, temos o modo manual, em que você pode escolher a marcha a ser usada (desde que não extrapole os giros do motor, quando a marcha seguinte é selecionada).
Design segue sem mudanças. Única alteração é o logotipo Flex nas portas dianteiras
Deixando isso de lado, o 307 ainda é um senhor carro. O nível de acabamento, por exemplo, é superior ao do Focus Ghia. Painel com material emborrachado, bancos de couro, encaixes bem feitos e as colunas dianteiras forradas com tecido deixam o ambiente requintado. Para completar, a versão Feline vem completa: por R$ 68.500, traz ar-condicionado digital de duas zonas, teto solar elétrico, computador de bordo, freios ABS, airbags frontais e rodas de liga, entre outros recursos. Os poucos opcionais são o alarme, o sensor de estacionamento e a disqueteira para 5 CDs no painel.
O problema de levar um 307 completão assim é que a desvalorização tende a ser grande, pois o modelo já foi substituído pelo 308 na Europa e o mesmo deve acontecer por aqui em 2010, quando começa a produção do novo hatch na Argentina. Mas, se você não se importa com isso, o 307 ainda tem lenha para queimar: a suspensão e direção firmes e o motor forte deixam o hatch na medida para quem gosta de uma tocada mais esportiva de vez em quando. E o design ainda agrada.
Internamente, 307 se destaca pelo acabamento refinado e nível elevado de equipamentos. Motor 2.0 16V vai a 151 cv com álcool, se tornando o Flex mais potente do mercado.