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domingo, 15 de fevereiro de 2009

Novo Volkswagen Voyage

Ivan Carneiro

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Sedã tem as mesmas qualidades (e defeitos) do campeão de vendas. Veja o teste:

São 33 cm a mais, mas de dentro do carro a gente nem percebe. Se você não olhar pelo retrovisor interno e reparar o vidro traseiro diferente, é difícil saber se estamos no Voyage ou no Gol. Que tal sair e ver a lateral e a traseira? Agora sim encontramos os tais 33 cm. Enquanto o hatch aposta num estilo mais esportivo, o sedã escolheu a sobriedade. A traseira, aliás, não parece de VW. “Essas lanternas lembram as do Vectra”, comparou um colega. Exceto pelo enxerto no final da tampa traseira (que tenta imitar um aerofólio nesta versão Comfortline), o resultado agrada. O Voyage não vai arrebatar corações, mas também não fará ninguém olhar feio para ele. Nas ruas, chama atenção.

Ivan Carneiro

A tampa do porta-malas tem abertura elétrica por um botão no painel. Ao abrirmos, detectamos três coisas. Duas são positivas: a tampa sobe sozinha e o espaço é bom. São 470 litros, de acordo com as nossas medições, 10 litros a menos do que indica a VW. A coisa negativa: os braços de sustentação da tampa são grandes e, apesar de a marca dizer que eles ficam bem nas extremidades para não atrapalhar, eles interferem sim no espaço da bagagem. O Fiesta Sedan, lançado em 2004, tem braços pantográficos. Era o mínimo que se esperava do Voyage, quatro anos depois. Ainda no porta-malas, a prova cabal de que esse carro é um Gol esticado. O estepe fica longe, lá no fundo —fizeram apenas um complemento de chapa na traseira do hatch para criar o sedã.

Ivan Carneiro

Mas ser um Gol alongado é ruim para o Voyage? Depende do ponto de vista. Se pensarmos na dirigibilidade, é ótimo. O sedã tem reações muito próximas às do hatch, com a vantagem de a suspensão traseira ter ficado um pouco menos rígida, em função da recalibração feita pela VW — e isso sem perder a boa estabilidade. O carro supera os pisos deteriorados melhor que o Gol. Pedais e volante são leves, a direção é rápida e os freios, eficientes. O câmbio é o elogiado MQ200 já conhecido do Golf, do Polo, do Fox… Certeiro e curtinho nos engates, é dos melhores que temos no mercado.

Ivan Carneiro

O Voyage 1.6 (de 101/104 cv) é tão bem acertado que, mesmo pesando 35 kg mais (de acordo com a VW), andou na frente do Gol com o mesmo motor nos testes. Acelerou de 0 a 100 km/h em 11,9s (o Gol fez 12,0s) e chegou a 183,9 km/h de máxima, contra 176,6 km/h do hatch. Nesse caso, a diferença pode ser creditada à melhor aerodinâmica do sedã (Cx de 0,31 contra 0,34). Isso também parece ter ajudado o Voyage a consumir menos que o Gol na estrada, com 12,3 km/l ante 9,9 km/l. Na cidade, o sedã levou a pior: 7,6 km/l para ele, 8,1 km/l para o hatch.

Pelos dias agradáveis que tive com o Voyage (bastante ágil no trânsito), arriscaria a dizer que ele destrona — por pouco — o Fiesta Sedan como o melhor de dirigir da categoria. Pode ser o melhor “no geral” entre os rivais também, só que aí lembro da parte ruim de ser um sedã do Gol. Entrar no Gol 1.0 Trend ou nesse Voyage 1.6 Comfortline (o topo de linha) é quase a mesma coisa. O painel é muito simples para um carro que custa mais de R$ 50 mil quando completo. Os plásticos rígidos e de coloração cinzenta deixam o ambiente “frio”. Salvam-se as maçanetas em “cromo acetinado” e os botões da ventilação, que são bonitos e funcionais.

Ivan Carneiro

A posição de dirigir é facilitada pelo ajuste de altura e profundidade da direção, mas a regulagem de altura do banco do motorista poderia ser melhor. São apenas duas posições, e somente para a parte traseira do assento. De resto, faltam “mimos” que façam o motorista se sentir num carro acima de um modelo popular — coisa que a Fiat faz bem com o Siena. Para completar, a unidade desse teste veio com um barulho no painel, além de o vidro elétrico do passageiro da frente estar emperrando na calha na subida, e voltando a descer.

Quando quer ser sofisticado, o Voyage peca. O sistema de som aumenta o volume quando aceleramos, mas quando paramos no semáforo ele quase fica mudo, de tão baixo. Melhor desativar o recurso… Pelo menos a entrada USB funciona bem. O GPS com indicação no painel ainda não está disponível, diz a VW.

Ivan Carneiro

Por se tratar de um Comfortline, esse Voyage deveria caprichar mais nos equipamentos de série: o preço de R$ 39.430 soa atraente, mas ele vem sem ar-condicionado, que é um opcional quase “obrigatório”. O computador de bordo (I-System) também é cobrado à parte, enquanto no Siena vem de série desde a versão ELX 1.0. Completam a lista de itens “por fora” os freios ABS, o duplo airbag, o volante com comandos do som (junto com o próprio sistema de som) e os retrovisores elétricos, além das rodas de liga.

Ivan Carneiro

No fim das contas, o Voyage passa no teste. Dificilmente terá entre os sedãs compactos a força que o Gol tem entre os hatches, mas vai bem como um carro básico, daqueles que não vale a pena encher de opcionais — no máximo o trivial “ar, direção, trava e vidro”. Acima disso, melhor olhar para o Polo Sedan.

Fonte: revista autoesporte.com.br

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