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domingo, 15 de fevereiro de 2009

Linea e Focus avançam sobre Civic e Corolla

Ivan Carneiro

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Os recém-lançados sedãs médios querem conquistar o território japonês

Da esq. para dir. - Fiat Linea, Toyota Corolla, Honda Civic e Ford Focus

É como se Linea e Focus estivessem jogando War, aquele jogo de estratégia de guerra famoso entre a garotada nos anos 1980. No tabuleiro dos sedãs médios, que já teve o Vectra dominando a maioria dos territórios no passado, hoje o cenário está nas mãos do Civic, com o Corolla por perto. Mas dificilmente alguém consegue manter todas as suas conquistas por muito tempo — sempre há um rival atacando. As novidades da Fiat e da Ford, por exemplo, estão com a mesma carta-objetivo: destruir os exércitos amarelos, ou seja, a concorrência japonesa.

Para vencer no War, assim como no mercado automotivo, é preciso estratégia. Foi nisso que a Ford errou com o primeiro Focus, e também o que a Fiat fez com o Marea. Agora, o jogo recomeçou. Antes de lançar os dados, porém, vamos analisar a estratégia das marcas dessa vez. A Ford aposta no preço agressivo do Focus, e garante que vai investir na divulgação do modelo. Já a Fiat promete atendimento VIP ao cliente do Linea.

Esta rodada será disputada entre Focus Ghia, Linea Absolute, Corolla XEi e Civic LXS, todos automáticos e com preço na faixa dos R$ 70 mil. Eles querem um território precioso, a sua garagem. Mas quem vence a partida?

Ivan Carneiro
Menos potente, o Linea ficou para trás em desempenho. O Focus andou mais que o CIvic. Mas e o Corolla lá na frente? Não, ele perde do Ford
Fiat Linea Absolute – 4º lugar

Lado a lado com os inimigos, o Linea chama atenção. O design italiano é elogiado nas ruas, e o fato de ter a carroceria mais longa dos quatro faz o Fiat ser imponente. Só que ele também é o mais estreito. E isso entrega o principal motivo da quarta colocação: o Linea é derivado de um carro que fica no meio-termo entre compacto e médio, o Punto, enquanto os concorrentes são legítimos médios. O Focus, por exemplo, é 11 cm mais largo que o Fiat.

Se por fora o Linea tem apenas as portas dianteiras e o pára-brisa em comum com o hatch, por dentro estamos praticamente em um Punto HLX com bancos de couro. Não que isso seja negativo, só não está no nível dos rivais. O acabamento é bom, mas o painel de plástico rígido parece mais simples que o dos oponentes. Já o revestimento do teto, macio, faz boa figura. A cabine é a mais recheada: tem ar digital, CD/MP3 com viva-voz, entrada USB e computador de bordo. Pode vir ainda com GPS e sensores de chuva e de luz (opcionais). Um recurso exclusivo do Linea são os seis airbags (os laterais e os de cortina cobrados à parte). Isso no carro mais barato do comparativo (R$ 68.640).

Andar de Linea é uma boa experiência. A suspensão bem-calibrada garante conforto sem descuidar da estabilidade, e a posição de dirigir envolve o motorista. Os passageiros do banco traseiro têm bom espaço para as pernas, mas, por causa da pouca largura, com três pessoas atrás a coisa aperta. As bagagens vão folgadas, graças aos 484 litros aferidos de porta-malas.


Tecnicamente, falta refinamento ao Linea. Ele não tem suspensão traseira independente, como no Focus e no Civic, e o motor 1.9 16V argentino, apesar de novo, ainda tem bloco de ferro fundido (alumínio nos concorrentes). Os 132 cv não se fazem de rogados nas ultrapassagens, e o ronco nervoso até atiça uma pilotagem mais esportiva. Mas em quinta marcha, a 120 km/h, o conta-giros encosta nos 3.500 rpm e o barulho do motor passa a incomodar. Também é o mais vibrante, no sentido ruim do termo. Em consumo, ficou na média.

O câmbio Dualogic pode até conquistar quem está acostumado com um carro manual, pelo conforto de dispensar o pedal de embreagem, mas quem tem um automático vai reclamar dos trancos. Em compensação, é o mais divertido de operar em uma condução arrojada. O problema é que, nesse segmento, isso não conta muito.

Ivan Carneiro
O Linea é bonito por inteiro, enquanto o Focus tem a frente bem mais invocada que a traseira. O Corolla segue conservador e o Civic, arrojado, terá leves retoques na linha 2009
Toyota Corolla XEi – 3º lugar

No lançamento do novo Corolla, promovemos um confronto com o Civic e chegamos à seguinte conclusão: “A mudança do Corolla foi tímida demais para ameaçar a liderança do Civic”. Estávamos certos. Apesar das boas vendas do Toyota (ele chegou a passar o Honda em agosto), o arqui-rival ainda possui uma boa vantagem no acumulado de vendas do ano. Mas o Corolla tem agradado em cheio ao público mais conservador.

Entre nesta versão XEi (R$ 71.590) e você vai admirar a evolução do acabamento em relação ao modelo anterior. O painel tem visual comportado, mas bonito. Apenas o quadro de instrumentos “colorido” é que não combina muito com a sobriedade do sedã. Dê a partida e ouça (ou melhor, não ouça) o carro mais silencioso do quarteto. Comece a andar e você perceberá que o Toyota é o que mais afasta o motorista do mundo. Em dia de estresse, é o melhor. A suspensão macia diminui a buraqueira das ruas, a direção elétrica é levíssima e, se você ligar o rádio, nem ouve o que se passa lá fora.

Pena que a evolução não tenha contemplado os passageiros. O assoalho traseiro agora é plano, mas a manutenção do entre eixos do modelo anterior deixou o Corolla em desvantagem no espaço interno. Atrás, é o mais acanhado em área para as pernas. O porta-malas regula em tamanho com o do Fiat, segundo nossas medições. No entanto, tem os braços da tampa para atrapalhar, que Linea e Focus aboliram em favor de sistemas pantográficos.

Ivan Carneiro

Apesar de aparentemente calmo, o Corolla andou na frente de Linea e Civic nos testes. Não falta disposição ao motor 1.8 16V VVT-i de 136 cv, mas o câmbio de apenas quatro marchas não acompanha o pique (merecia cinco velocidades, mas vai a 120 km/h com 2.900 rpm). A suspensão macia não atrapalha o Toyota nas curvas de baixa e média velocidade. Em ritmos mais fortes, porém, ele não oferece a mesma precisão de Civic e Focus (o Toyota tem eixo de torção na traseira, como no Linea). O negócio dele é conforto.

O Corolla é o único a vir de série com quatro airbags (frontais e laterais), mas no restante é semelhante a Focus e Linea: tem ar digital, comandos do som no volante (falta a entrada para iPod), computador de bordo e faróis que acendem automaticamente ao escurecer. Couro e piloto automático são opcionais. Equilibrado, fica na média na maioria dos quesitos, mas não se destaca em nada. No conjunto, fica um pouco atrás de Civic e Focus.

Fonte: autoesporte.com.br

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